segunda-feira, 28 de março de 2011

Pois que seja




"They say
Eles dizem
I've gone mad
Que eu fiquei louco
Yeah, I've gone mad
Sim, eu fiquei louco
But they don't know
Mas eles não sabem
what I know
O que eu sei"


A respiração ofegante denunciava a força, mas contrariava a ausência de pressa que ele queria agir, eternizando com prece infantil cada pedacinho de pele recém descoberto, como aquele fragmento de sonho escondido atrás da orelha que continha todo o perfume do universo.
Era demais pra ele tudo aquilo.
E ela ali sentido tanta coisa junta, vendo cores invisíveis, laços e sonhos, tudo misturado num filme que rodava devagar, suspirando bem próximo ao seu ouvido.
Não fazia sentido, mas sentidos se faziam presentes como jamais ela pensou ser capaz de ser, como ele sempre soube lá dentro de si que eram, reais e fortes. 
A luz vinha de algum planeta não habitado no meio de todo aquele escuro, ou vinha de dentro deles, tão claros, certos e já convictos.
Quando os lábios dele procuraram pelo beijo contido fazia já tanto tempo ela sentiu as mãos formigarem do jeito que imaginou mesmo ser nos contos de fada. Ela sentiu o peito explodir e os joelhos vacilarem, mas lá dentro era tanta certeza e um medinho bom do que seria tudo aquilo depois, só que não havia como pensar, não agora.
Não mais.
Ela queria só estar agora, sem deixar, sem nada.
E ele tinha tudo ali, queria mais nada não.

(Ao som de: Talking to the Moon - Bruno Mars)

Um comentário:

  1. Ôôô que liiindo!!! Deu saudade do meu amor! rsrs... Lindo seu texto! Parabéns!

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Lembre-se que você me faz feliz. Críticas serão sempre aceitas, desde que você use de um mínimo de educação. Eu jamais ofendo ninguém, tente prezar a reciprocidade.
Beijos!

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